epipiderme18






Programa 12 de Maio 2011 (21H)
No Espaço do Urso e dos Anjos
Rua Palmira nº 5 r/c Dto, Metro Intendente - Lisboa
Performance:

Vitor Lago Silva (Portugal)
“THE LAST WORDS OF DOMENICO” Duração: 7´



Concerto de Vitor Lago Silva e João Maia e Silva (Portugal)
"ATTIC TESLA" Duração: 25´
http://thelastwordsofdomenico.wordpress.com/
http://fotocrono-fatosensivelwireless-vls.blogspot.com/

Proposta “The Last Words of Domenico” de Vitor Lago Silva e o concerto “Attic Tesla” João Maia e Silva e Vitor Lago Silva, são duas peças que se completam.
Este projecto “The Last Words of Domenico” utiliza as palavras de Domenico, personagem do filme "Nostalghia" de Andrei Tarkovsky. O discurso de Domenico é re-misturado e reconstruído num novo discurso através dos movimentos do "performer", atribuindo-lhe novas vozes.
Vitor L. Silva acredita que -os discursos na rua de homens loucos ocultam várias verdades indesejáveis.
Segundo o artista o principal propósito deste projecto é re-misturar o discurso de um desees homens (Domenico) procurando desta forma revelar esses significados ocultos.
Como diz J. Derrida, acredito que se desconstruirmos um discurso e o reconstruirmos novamente atribuindo-lhe uma nova forma é-nos possível descobrir novos significados desse discurso.
O 'performer', equipado com um "Fato Sensível Wireless", gera um discurso sonoro aleatório através dos seus movimentos e re-mistura esses sons através de uma luva sensível.
Esse "FSW" está equipado com vários sensores que capturam alguns movimentos do 'performer' e com um sistema wireless de envio dos dados dos sensores para um PC.


Ana Gesto (Espanha)
Cuatro Veces la edad (1978-2011) Duração: 20´
http://anagesto.blogspot.com

A performer Ana Gesto, artista visual, cujo trabalho funciona a meio caminho entre o vídeo, a fotografia, inspira-se na tradição audiovisual do registo da performance. Centra o seu interesse em termos plásticos na potência cénica e documental do meio performático, ao mesmo tempo que realiza incursões na linguagem escultórica e pictórica. Desenvolve a sua obra em torno das práticas culturais e sociais, abordando a sua identidade, de forma apaixonada, não isenta de uma certa desconstrução e perversão do meio.
A acção a realizar em Lisboa, Cuatro Veces la edad (1978-2011), parte de uma experiência realizada na natureza e que se transfere assim na forma de concerto sonoro para um novo espaço.
Esta peça será realizada num espaço onde haja uma encruzilhada, é constituída por uma roupa sonora, com cordas e 33 latas que a perfomer usará de forma ritualizada, a roupa (abrigo, capa, manto), proporcionará um jogo entre a aleatoriedade e o espaço sonoro.
A idade (1978-2011) é exposta pelas 33 latas e é a idade da performer, cada lata reafirmará de forma sonora e visual, o tempo, o tempo de uma existência.


Filipa Aranda com a participação de António M. Rodrigues (Portugal)
“Transgressões” Duração: 45

Nesta proposta “Transgressões” dois performers, um homem e uma mulher interagem com uma instalação, um labirinto de lâminas. A performance desenvolve-se através de uma narrativa em interacção entre os performers e o publico, apresenta-se como um ritual que a cada momento vai ganhando mais intensidade. O que aparece como linha de continuidade da performance é a questão da celebração, a performance neste caso parece procurar desvelar-se, através da fragilidade, intimidade e provocação, num momento que procura mais a partilha e uma maior sobriedade, no acto do fazer artístico. Filipa Aranda comenta assim a questão “a performance onde o «eu» é um ser interpessoal que permite uma relação com o «outro»; não é construído no isolamento social, mas no seu contacto com os outros. A identidade, que se conquista depois da desconstrução da personalidade «fabricada» pela sociedade, é partilhada. A performance, como transformação do «eu», expande a consciência colectiva; não interpreta a vida, mas participa no desenrolar da vida.”.
Situações de morte simbólica, morte e renascimento, são propostas jogando com a dualidade auto-sacrifício e prazer, as intenções da autora afirmam a ideia de partilha e catarse “A libertação da energia bloqueada dá lugar à purificação do corpo e da mente dos performers, e, consequentemente, da humanidade.”.

Vídeo- intervenções em espaço público:


GIA – Grupo de Interferência Ambiental (Salvador/Bahia – Brasil)
Duração: 20

Aleatoriedade, humor e reflexões a respeito da vida cotidiana e suas singularidades: talvez esses sejam pontos chaves do Grupo de Interferência Ambiental - GIA, coletivo artístico que foge a qualquer tentativa de definição.
O grupo é formado por artistas visuais, designers, arte-educadores e (às vezes) músicos que têm em comum, além da amizade, uma admiração pelas linguagens artísticas contemporâneas e sua pluralidade, mais especificamente àquelas relacionadas à arte e ao espaço público. Pode-se dizer que as práticas do GIA beberam na fonte da arte conceitual, em que o estatuto da obra de arte é negado, em favor do processo e, muitas vezes, da ação efêmera, buscando uma reconfiguração da relação entre o artista e o público.
Um dos principais objetivos do grupo é a utilização de meios que possibilitem atingir uma margem cada vez maior de pessoas, tomando de assalto o espaço público. Assim, as ações do GIA procuram interrogar as condições em que os indivíduos atuam com os elementos do seu entorno, produzindo, assim, significados sociais. E esses significados, são também, processuais, pois segundo John Cage “o mundo, na realidade, não é um objeto, é um processo”. O GIA, portanto, está disposto a questionar as convenções sociais sempre que possível, através de práticas concretas infiltradas em pequenas transgressões.
A estética GIA, baseada na simplicidade e ao mesmo tempo irônica, procura mostrar, portanto, que a arte está indissoluvelmente ligada à vida.
O grupo existe desde 2002 e os participantes atuais são: Mark Dayves, Everton Marco Santos, Tiago Ribeiro, Ludmila Britto, Tininha Llanos, Luis Parras, Cristiano Piton.

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